O VELHO É QUEM?
Certa feita, não muito tempo atrás lendo sobre a VELHICE, me chamou a atenção sobre a percepção do jovem em relação ao velho e a percepção de pessoas de meia idade.
No texto, um grupo de jovens entre 18 e 21 anos, definiram o velho como sendo aquela pessoa deprimida, cansada, já doente, chata e meio solitária. Já pro outro grupo que era de mulheres de meia idade e um pouco acima, a resposta fora bem diferente. Para estas, o velho era alguém com doenças, mais experiente, mais lento, com bastante tempo, e mais pertos da morte.
Resumindo, o velho é sim quem tem mais experiência, ele tem mais vivência, apesar de mais doenças, mas ele também sofre preconceitos.
Ele aprendeu a conviver com suas perdas e sabe aproveitar mais o tempo que lhe resta.
Percebemos diariamente que o contexto social de uma pessoa idosa tem profundos efeitos no bem estar, na identidade, na capacidade de enfrentar as deficiências funcionais e na saúde física e psicológica. Muitos enfatizam que um grande número de pessoas idosas está envolvido em dar cuidado aos outros e relativamente poucos são recebedores passivos de cuidado. De fato, algumas pessoas idosas estão tão determinadas em cuidar dos outros que negligenciam o tratamento de sua própria saúde, por medo de que o esposo ou o filho adulto incapacitado seja levado para um lar assistencial.
As pessoas idosas proporcionam uma boa relação de apoio recíproco dentro de seus contextos sociais, certificando a condição social, a identidade e a autoestima delas. Portanto, os clientes idosos podem se beneficiar psicológica e fisicamente dentro do processo de terapia de identificação do apoio que eles já dão aos outros na sua rede social (tanto emocional quanto informativo ou prático), e pela exploração, se eles quiserem, de como podem dar maiores contribuições as suas comunidades – por exemplo sendo voluntários, trabalhando com caridade e proporcionando apoio emocional aos outros.
As profissões que proporcionam oportunidades de formar novos contatos sociais (como por exemplo a participação de classes educacionais para adultos) podem fortalecer a qualidade de vida e a autoconfiança dos idosos. De qualquer modo, é importante os terapeutas evitarem um ideal muito romântico de apoio social.
Os terapeutas devem estar sensibilizados ao oferecer e estabelecer apoios formais, uma vez que as pessoas idosas podem estimular ajuda externa tanto para a identidade familiar degradante delas quanto para a ameaçadora.
Para pessoas idosas relativamente isoladas, a terapia em grupo ou grupos de apoio, pode oferecer capacitação e auxilio. Grupos que compartilham experiências e estratégias de enfrentamento ajudam a realizar ação coletiva, desafiando o abandono e a depressão.
Os terapeutas ocupacionais precisam estar conscientes do tipo de rede social da pessoa idosa. Cada tipo tem forças e vulnerabilidades distintas.
Há um desafio para os terapeutas ocupacionais que trabalham com pessoas idosas que inicialmente deve ir contra atitudes preconceituosas com relação ao idoso que possam orientar seus pensamentos a prática.
Seguindo a mesma linda, eles precisam atrair as pessoas idosas como parceiros iguais em cada estágio do processo da terapia ocupacional para evitar infantilizá-los ou protegê-los demasiadamente. E em terceiro lugar, está a importância do envolvimento do terapeuta no fortalecimento da qualidade de vida da pessoa idosa, por meio da promoção da saúde, propondo uma ocupação significativa, que abranja a autonomia e escolha, de forma que aumente as redes sociais e de apoio.